Fiz este poema enquanto assistia as forças defensivas brasileiras, finalmente unidas, invadirem uma favela carioca na tentativa de levar a paz àquele povo tão sofrido. A esperança de paz renasceu entre os barracos e vielas de lá e a nós cabe torcer para que esta paz floresça realmente e mais, torcer para que os heróis libertadores de hoje não virem os bandidos opressores de amanhã. Entendam, não falo da farda, esta é gloriosa seja ela qual for, eu falo do homem, pois este nem sempre honra a farda que usa.
A esperança sobe a favela.
E o Rio de Novembro respira a promessa de melhores "Janeiros".
É o Estado "estando"
Presente.
Encurralando os ratos que roiam os sustentáculos da liberdade.
Ruelas, complexos, traficantes, favelas, barracos, polícia, política, povo...
Tudo se mistura em um único coro.
Socorro,
Corro,
O morro,
E morro,
Enquanto a esperança sobe a favela.
Temo o silencio que sobe com ela.
Temo não vê-la,
Temo não tê-la,
Mas agora a sinto
Suave, singela.
Então já valeu a pena
Viver.
Enquanto a esperança sobe a favela.