Por vezes penso na imensa estupidez que possuímos de simplesmente ignorar o que hoje temos em abundância. Enquanto a água jorrar das nossas torneiras continuaremos a lavar o chão com mangueiras fazendo jus a todo nosso desperdício. Ou enquanto existir alguém para amar-nos intensamente insistiremos em exercitar o infortúnio da nossa indiferença. Então pergunto: e quando toda essa abundância der lugar a sombra de um vazio, o que vamos fazer? O homem não aprendeu a lidar com a perda, mas só se percebe dela depois de perdido.
Em nossa cultura aprendemos a impor valor a tudo, mas regateamos aquilo que verdadeiramente nos é caro. Pergunte a um cego sobre a beleza existente em uma simples fresta de luz. Ou a um faminto, pergunte a ele o quão saboroso pode ser algumas migalhas de pão.
Alguns dizem que o homem é uma ilha, outros afirmam que ele é um imenso oceano. Eu porem digo que um homem é somente um homem. Uma criança imatura brincando com a vida num balanço de madeira envolto a um jardim de grandes e novas descobertas.
O hoje é o amanhã de ontem. E mais um dia também é menos um dia, então se apresse, não ignore o tempo, porque ele jamais se esquecerá de você. Ame sempre, sinta sempre, viva sempre... Entenda que o futuro é daqui a um segundo e que a vida pode ser tão fugaz que caberia apenas no espaço de um único suspiro.
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