“Extra! Extra! O Brasil tem voz novamente!” Eis ai um titulo oportuno para estampar os jornais de amanhã, dia seguinte a esta antológica segunda feira de dezessete de Junho de dois mil e treze.
Peço licença ao gênio. Rui
Barbosa, polímata nacional que, além de escritor, também foi político e
jurista. É dele a frase: “O Brasil não é um. Somos todos.” E partindo desta premissa
filosófica digo que há muito não via o nosso país tão brasileiro como nesta
semana e principalmente como no dia de hoje.
Protestos e manifestações
tomaram conta de nossas ruas. Parecia final de copa do mundo, mas com tanto
superfaturamento e corrupção no país do futebol não teríamos motivos para
tamanha euforia neste campo – com o perdão do trocadilho.
Hoje, assim como há pouco tempo
atrás, também tivemos “bomba e Brigite Bardot”, como cantou Caetano contra um
ditatorialismo "semifascista" que outrora arrendou o Brasil. E em meio a
explosões, coquetéis molotov, balas de borracha, entre outros armamentos de
guerrilha, também sediamos a Copa das Confederações provando ao mundo que o
pais da desigualdade social é também o país das contradições absurdas.
Em Brasília tentamos invadir
o congresso, mas como sabemos a esfinge de Niemayer há muito já foi invadida, -
contraditório, mas, - democraticamente invadida. E são eles, os donos de lá,
que em uma manobra torpe e rasteira tentam por entre os panos aprovar a PEC 37
tirando do MP o poder de investigar como se deve. - Exterminem os gatos e
deixem que os ratos façam a festa! - Então eu pergunto: quantos dos cem ou
duzentos mil que saíram às ruas conhecem o verdadeiro teor oculto nas entrelinhas
maliciosas da PEC 37?
Se informar é preciso,
fiscalizar é um dever (de todos).
O povo sempre foi massa de
manobra, isto é uma verdade incontestável. Seja de alguns setores vendidos da
imprensa podre ou por afiliações políticas subsidiadas pelo governo com o nosso
dinheiro. O Robin Hood do capitalismo é mau. Rouba dos pobres deixando-os
apenas as migalhas e delas ainda cobram os impostos. E neste avesso do avesso cansamos de assistir os
criadores de falsas opiniões arrastando a massa de anencéfalos da população mal
instruída a uma terra prometida que só é real na esperança dos desesperados.
É como disse o poeta: “...caminhando
e cantando e seguindo a canção...”
E quer saber, com o aumento
da passagem e a qualidade dos transportes, o melhor é ir caminhando mesmo.
Então eu sigo...
“... Caminhando e cantando e
seguindo a canção...”.

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