As catracas giratórias dos transportes públicos de São
Paulo me remetem às roletas dos cassinos. Elas giram, giram, giram... E no
final a banca sempre ganha.
É bom não nos iludirmos. Como vimos, todos os Estados que
promulgaram o aumento da passagem recuaram e reduziram o valor da tarifa
passando-as ao valor inicial adotado antes do aumento, mas o real dos fatos é: NÃO
EXISTE ESTE NEGÓCIO DE “ANTES DO AUMENTO”. Sim, nós -o povo- de algum modo
ainda vamos pagar esta conta. Ou vocês realmente acreditam que a máfia dos
transportes iria aceitar esta redução assim tão pacificamente?
O diabo é mais feio do que se pinta. Afinal, quem vocês
pensam que financia as campanhas políticas dos partidos nos períodos de
eleição? Nossos governantes são produtos tangíveis do sistema. Esta é a verdade
indiscutível. E quando eu digo “do sistema” entendam: empresas de transporte,
especuladores financeiros, setores corrompidos da imprensa, entre outras
quadrilhas de diferentes áreas. Mas e o povo? - Você pergunta. Bem, o povo que
se lasque. “Dê a eles circo e eles se dão por satisfeitos”, parafraseando Nero,
imperador romano em um período em que o Brasil nem se quer existia.
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